Fagulhas
Abri curiosa o céu. Assim, afastando de leve as cortinas. Eu queria entrar, coração ante coração, inteiriça ou pelo menos mover-me um pouco, com aquela parcimônia que caracterizava as agitações me chamando. Eu queria até mesmo saber ver, e num movimento redondo como as ondas que me circundavam, invisíveis, abraçar com as retinas cada pedacinho de matéria viva. Eu queria (só) perceber o invislumbrável no levíssimo que sobrevoava. Eu queria apanhar uma braçada do infinito em luz que a mim se misturava. Eu queria captar o impercebido nos momentos mínimos do espaço nu e cheio. Eu queria ao menos manter descerradas as cortinas na impossibilidade de tangê-las. Eu não sabia que virar pelo avesso era uma experiência mortal.
[ana cristina cesar]
6:
Ducaralho, Ana!
ACCesar apavora!!!!
... acho a Ana Cristina César uma mistura precisa de Hilda Hist e Clarice Lispector... fico impressionado, como neste texto, como ela consegue impor sua força usando de poeisa...
beijão.
ass. gleuber militani
Ana!!! Que felicidade me trouxe tua mensagem lá no Música&Poesia. Tô alegre por tu ter curtido o espaço. Volta sempre, tu sempre será bem-vinda!
Beijão,
Yerko Herrera.
"...Fascinava-nos, apenas.
Deixamos para compreendê-la mais tarde. Mais tarde, um dia... saberemos amar Clarice." (Drummond, Visão de Clarice Lispector)
Simplesmente maravilhoso!
Parabéns!
Registrando minha passagem por aqui...
Mais uma vez vc arrasou!!!
é tudo muito envolvente, fascinante!
Adoro...
beijins
, ana cristina cesar sempre bom ler...
, agradecido pela visita em quimeras. volte qndo desejar.
, beijos meus.
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