Monday, June 23, 2008

Desire

Venho de tuas raízes, sopros de ti. E amo-te lassa agora, sangue, vinho, taças irreais corroídas de tempo. Amo-te como se houvesse o mais e o descaminho. Como se pisássemos em avencas e elas gritassem, vítimas de nós dois: Intemporais, veementes. Amo-te mínima como quem quer mais, como quem tudo adivinha: Lobo, lua, raposa e ancestrais. Dizes de mim: És minha.

Hilda Hilst

4:

Blogger Defensor said...

Salve
Devo confessar que nunca havia lido nada de Hilda Hilst, e devo admitir que os versos são fantásticos.
Abraços

4:43 PM  
Anonymous Anonymous said...

Delicia de viver.

5:09 PM  
Blogger Luciano Flores said...

Apesar de escrito em amarelo o texto é vermelho, cor do pecado.

3:31 PM  
Blogger ..onde fica marraquexe.. said...

O erotismo como seta nas intensidades que nos fazem vivos além do mero viver; amor, paixão, sexo. Hilda vai além.
Pois então, não mudei de lugar, esse outro espaço é apenas um cafofo que aguarda noites arabescas nas madrugadas dessa vida. Apareça.

4:41 PM  

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