Desire
Venho de tuas raízes, sopros de ti. E amo-te lassa agora, sangue, vinho, taças irreais corroídas de tempo. Amo-te como se houvesse o mais e o descaminho. Como se pisássemos em avencas e elas gritassem, vítimas de nós dois: Intemporais, veementes. Amo-te mínima como quem quer mais, como quem tudo adivinha: Lobo, lua, raposa e ancestrais. Dizes de mim: És minha.
Hilda Hilst