Saturday, September 30, 2006

Caos Sabonete!

"Nós somos os filhos do meio da história, sem propósito ou lugar. Não tivemos Grande Guerra, não tivemos Grande Depressão. Nossa Grande Guerra é a guerra espiritual, nossa Grande Depressão é a nossa vida." -Tyler Durden, Clube da Luta. Vejo aqui os homens mais fortes e inteligentes que já existiram. Vejo todo esse potencial sendo desperdiçado. Droga. Toda uma geração enchendo tanques, servindo mesas, ou escravos de colarinho branco. A propaganda nos faz correr atrás de coisas, trabalhos que odiamos, para acabar comprando o que não precisamos. Somos todos levados pela televisão a acreditar que um dia seremos milionários ou deuses do cinema ou astros do rock, mas não seremos. E estamos aos poucos percebendo isso. E estamos muito, muito zangados. Esteja pronto para cortar ligações com força física e possessões materiais, porque só assim você estará pronto para descobrir a grandeza de seu espírito.

"Projeto Caos". Por quê "caos"?
O CAOS simboliza a mudança, a revolução. Apenas após um desastre você pode ressuscitar. Temos que causar uma confusão na cabeça das pessoas, para que elas tenham que pensar, e depois disso aderir à nossa causa. Apenas chegar e falar não adianta nada, porque suas mentes estão bloqueadas pelo cotidiano social. Você tem que provar, de alguma forma. O Projeto Caos consiste em duas fases. Na primeira, há uma conscientização e uma mudança individual. Cada pessoa deve perceber que está vivendo de modo errado. Estão infelizes, e desperdiçando essa chance única que é a vida atrás de coisas supérfluas. Elas se preocupam em estar bem perante os outros, e acabam por esquecer de ficar bem perante si próprio.

Você não é as roupas que usa.
Você não é o peso que tem.
Você não é a cor da sua pele.
[crédito desse post ao Projeto Caos]

Thursday, September 28, 2006

Busão nosso de cada dia!

O alarme toca às 7:00 e lá vou eu, levantar e ir para o trabalho. O busão passa às 7:45hs. O ritual é sempre o mesmo: saco 2 míseros reais do meu bolso e embarco numa viagem de aproximadamente 12 minutos. O percurso é bem rápido, mas é incrível a quantidade de coisas que acontecem nesse curto espaço de tempo. O ônibus no rush matinal é o lugar mais underground, diversificado e louco da face da Terra, perde apenas para o metrô. Tem gente indo trabalhar, estudar, indo à praia, hospital, casa do amigo, voltando da balada com cara de ontem e bafo de goró. Os odores se mesclam: avon, leite de rosas, neutrox e cecê pairam no ar. As mãos deslizam nos suados canos para segurar do Mercedão, os olhares se cruzam, os corpos se batem e o silêncio nem sempre predomina. Crianças choram, velhos reclamam, comenta-se sobre o capítulo anterior da novela das oito e mais alguns assuntos "super" interessantes, dignos da revista Ti-Ti-Ti. É uma mistura bem Brasil: do salto alto da secretária aos pés com chinelos do surfista ou o tênis rabiscado do adolescente.
Nos tempos atuais, só no busão, o brasileiro tem o direito de ir e vir, espremendo aqui e lá, um dia chegaremos no ponto que desejamos.
Amém!

Tuesday, September 26, 2006

"Felicidade é a certeza de que nossa vida não está se passando inutilmente."
[érico veríssimo]

Thursday, September 21, 2006

Fotografia, pilhas e muito tralalá !!!!

Esse milênio cheio de tecnologia e futurismo, rapidamente nos mostra as mudanças ao nosso redor. A cada dia uma nova maquineta é lançada, multifuncional e com muitas vantagens. Alguns prazeres perderam o tom artesanal e ganharam rapidez e praticidade. A fotografia digital é um grande exemplo: a ansiedade para revelar as fotos da viagem inesquecível foi substituída pela telinha das máquinas que nos permite apagar e tirar uma nova foto, editar, tirar aqueles indesejáveis defeitinhos, colorir, descolorir, enfim, nos podemos dar à imagem o nosso próprio tom. Quantas vezes economizei cliques das antigas máquinas (estranho chamar de antigo, algo tão recente na minha mente!) para sobrar filme para aquela foto especial. Mega decepção era quando chegava nas lojas de revelação, louca para pegar as fotos reveladas, o atendente simplesmente dizia: o filme queimou, ou ainda, o filme não rodou, a máquina pode ter travado (putz, eu, diversas vezes, coloquei o filme errado!). Aí o desespero era total: lágrimas, revolta, vontade de quebrar aquela máquina do doce adquirida num carnê eterno da famosa Casas Bahia, socar a cara do maldito dono da loja, enfim, uÓ! Às vezes a culpa também era do filme vagabundo, tentando economizar alguns tostões, comprava sempre o mais chechelento, pois era preciso comprar a bendita pilha alcalina para o flash funcionar bem. Ah... as pilhas! Amarelinhas que nada, o negócio agora são as recarregáveis. Pilhas eternas, meu sonho de infância, usar sempre as mesmas pilhas para dar vida aos meus brinquedos favoritos: batedeirinha, liquidificadorzinho da Estrela, Genius, meu 1º Gradiente... Não posso negar que sou vidrada num computador, gosto do moderno e da rapidez, mas de certa forma, alguns prazeres perderam sua essência, sua simplicidade, sua beleza, sua cor, tornando o que antes era uma arte em algo banalizado, como as fotos.

Monday, September 11, 2006

As mulheres da minha vida!

Ontem assisti uma peça muito interessante no Teatro Coliseu - que é um lugar fantástico [com meu namorado, sogro e sogra - pessoas maravilhosas] - As mulheres da minha vida. Antes de começar o espetáculo, o som ambiente fica por conta de música clássica e ao olhar ao redor, temos a impressão de estar no século XVIII devido a estrutura colonial e o público vestido com ar de glamour e bom gosto. Ótima pedida para todas as idades. Veja abaixo o que rola nessa fabulosa peça teatral.

Escritor de sucesso, George (Antonio Fagundes) é apaixonado por seu trabalho, mas vive em constante turbulência na vida íntima. A primeira esposa (Julia, Amanda Acosta), ainda habita seus pensamentos. Seu segundo casamento, com Diana (Fernanda D´Umbra) iniciado numa inesperada atração de pólos opostos, agora caminha para a separação. Pressionado, acaba por ligar emocionalmente suas relações na vida real com lembranças de outrora, num ritmo cadenciado pela sua própria porção de escritor. Assim, insiste em idealizar encontros e diálogos fictícios - ora em tom cômico e sarcástico, ora dramáticos - para tentar retomar o controle da situação. Nas sessões de análise, a psiquiatra Edith (Eliana Rocha) assume freqüentemente o papel de mãe. Ainda lida com a culpa ao lembrar da filha Carol quando criança (Júlia Novaes) e sente-se sem autoridade ao vê-la jovem (Amazyles de Almeida). Para completar, sua irmã, Karen, (Chris Couto) cobra regularmente atitudes de sua parte. Em conflito com as adoráveis mulheres de sua vida, George oferece - ainda que involuntariamente - uma verdadeira homenagem ao amor e ao humor
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Sunday, September 10, 2006

Minha viagem!


Eu só preciso de alguns contos de réis, meu amor ao lado, um som com cd, uma mochila com umas coisinhas básicas dentro: máquima fotográfica para registrar as emoções em papel, um caderno barato e uma caneta para descrever em palavras meus sentimentos e loucuras, chocolate caseiro, balinhas de côco, uns macinhos de cigarro para suspirar sutilmente (rs!), caixinha de incenso, canga de praia, um biquini colorido, um perfume dos Deuses e uma caminhonete anos 80 com uma mapa que guie ao paraíso.
Viagem perfeita, com ida e sem direito à volta. Nada de olhar/lembrar do tempo ruim que passou. Somente caminhando adiante, sem marcas do passado e sim, esperança no futuro.
Livre, leve e solto...

Thursday, September 7, 2006

Loucura? Não, isso é amor!

O nome do livro de Mário de Andrade [que complementa o título do blog] "Há uma gota de sangue em cada poema" é muito criativo e reflexivo. Sangue se derrama na palavra, no gesto, na lágrima, no pensamento, no cotidiano, na música, no olhar, na emoção, na verdade. Cristo derramou seu sangue pela humanidade e, assim, o sangue ganhou mais um significado, não só de dor e sofrimento, mas de liberdade e vida. No trecho da música do Legião [Índios] "Eu quis o perigo e até sangrei sozinho, entenda, assim pude trazer você de volta pra mim" , retrata a escolha de Jesus em sangrar sozinho na cruz e desse modo, nos unir novamente com Deus. Muitas pessoas acham que trata-se de uma declaração homem/mulher, mas refletindo na letra, descobrimos que é totalmente Cristã e fala à respeito de Deus e da humanidade hipócrita, a quem Deus amou e ama demais. Um amor além da nossa comprensão.
"A vida é tão carnal quanto viver é uma razão. Viver pode ser uma opção, mas existir não é opcional. Revoga teu egoismo, contudo, pois no destino da jornada você sozinho não será nada, nós unidos já somos tudo." [W.]
Bom feriado!

Tuesday, September 5, 2006


"Minha cabeça está aberta 24 horas para grandes saques e depósitos interessantes".
Frase retirada da campanha publicitária do cigarro Free.
Cada um na sua, mas com alguma coisa em comum.

Monday, September 4, 2006

Luz, música e emoção!

Amo as luminárias! As de canto, de mesa, de quarto, de sala, de escritório, de palha, ferro envelhecido, tecido, papel machê, pequenas, grandes, enfim, as luminárias me seduzem há muito tempo. Aprendi numa oficina de cinema, que a luz branca [aquelas fluorescentes] é luz de trabalho, as luzes coloridas e mais fracas são luzes de confraternização. Tudo haver! A iluminação é tudo num ambiente. Comprei minha primeira luminária num brechó no Centro de Santos. Ela era verde e dourada, a coisa mais linda e paguei uma pechincha. Minha mãe ficou embaçando porque acredita que a energia das pessoas ficam nos objetos, e comprando algo usado de alguém que nunca vi [inclusive, que possa ter morrido] poderia trazer dor de cabeça para mim [eu como não acredito nessas coisas...]. Dor de cabeça eu vou ter sim, se tiver de conviver com essas lâmpadas econômicas, que eu odeio, brancas, pálidas, que deixam todos os ambientes com cara de clínica e padaria. Minhas casas [foram muitas] sempre estiveram providas de luzes diferentes, trazendo um ar aconchegante, amigável, pronto para um café ou chá com amigos ou com aquela pessoa especial. De todas as luminárias que tive, existe uma que não dou, não troco, não vendo. É uma luminária inspirada num refletor de Teatro. Já está até descasncando a carcaça, os fios estão meio surrupiados, mas não me importo. Vou mandar reformar qualquer horas dessas...
Você pode até sentir uma diferença na conta de luz no fim do mês, mas com certeza se surpreenderá com o poder das luzes coloridas!

Sunday, September 3, 2006

Chute no Fêmur!!!!!!!!!!!!!

Fui na casa da Fabi, pianinho, esperando encontrar uma casa com uma mulher, um marido e dois filhos, casa pacata com a novela das 8 passando na TV, mas... chegando lá estava a maior galera. Carne torrando na churrasqueira (carne molinha, por sinal), primas da Fabi sendo chamuscadas (galinhas e frangos), Cherry Blend rolando à vera, crianças correndo pela casa, aquários no banheiro, paredes coloridas, bolos de vários sabores, brigadeiro, cervejinha gelada, música boa, pessoas alegres e simples. Esses são meus amigos de verdade. Sempre felizes, festejando, dançando, falando besteiras, dando risada de coisas toscas. Saí de lá com uma calça da Levi´s e um perfume genérico do Angel que a Fabi está vendendo. Comi, bebi, acabei com a garrafa de Cherry e ainda saí de roupa nova e perfumada. Que isso fique como registro o grande amor que tenho por cada um de vocês.
Ah, e como o Diguinho está com parafusos na perna, se ele não se comportar, fica prometido um belo chute no fêmur. Rsrsrs!!